O Glaucoma é um grupo de doenças que atingem o disco óptico, localizado no fundo dos olhos. A lesão é causada devido à morte das células ganglionares da retina, resultando no afinamento progressivo da camada de fibras nervosas da retina e rima neural, além de aumentar a escavação do disco óptico.
Devido aos danos causados no disco óptico, a pessoa que sofre deste problema tem seu campo de visão reduzido gradualmente e, caso não seja tratado adequadamente, pode evoluir para à cegueira.
A doença acomete comumente pessoas com mais de 40 anos de idade e representa a principal causa de cegueira irreversível no mundo e a segunda maior quando se consideram as causas reversíveis, ficando atrás apenas da catarata.
De acordo com a OMS, o glaucoma apresenta uma prevalência global na população acima de 40 anos de cerca de 3-4%, sendo a grande maioria de Glaucoma Primário de ângulo Aberto (GPAA) e menos de 0,5% representado pelo Glaucoma Primário de ângulo Fechado (GPAF). Apesar de menos comum, o GPAF possui evolução maior para a cegueira.
Por isso, é muito importante conhecer a doença e consultar um oftalmologista ao menos uma vez no ano para descartar sua existência e, caso seja identificada, tratá-la antes que se transforme num problema irreversível.
Pessoas que apresentam determinados fatores de risco possuem maior probabilidade de desenvolver glaucoma, são eles:
Aproximadamente 80% dos pacientes com glaucoma não apresentam sintomas clínicos da doença.
Na forma mais comum de glaucoma o aumento da pressão intraocular é sutil e ocorre ao longo de anos. O dano ao nervo óptico se dá de forma lenta e progressiva, e o defeito de campo visual (manchas ou escotomas) muitas vezes só é percebido pelo paciente em estágios avançados da doença. É como se você estivesse olhando para uma parede sem conseguir enxergar bem os cantos, somente o centro fica nítido. Muitos pacientes descrevem que é como se estivessem enxergando por um túnel.
No glaucoma de ângulo estreito, os sintomas podem ser semelhantes aos da enxaqueca, com sintomas esporádicos de dores de cabeça e embaçamento visual. Na sua forma aguda, menos frequente, porém mais grave, os sintomas que podem surgir são:
A doença é silenciosa até evoluir para um estágio avançado. Normalmente os sintomas começam a surgir depois que cerca de 50% das células ganglionares estão afetadas. Desta forma, o glaucoma é, inicialmente, assintomático e com seu desenvolvimento, os sinais começam a aparecer.
Como a pressão intraocular (PIO) é o único fator de risco primário modificável capaz de estabilizar o dano glaucomatoso, o principal objetivo do tratamento é diminuir ou estabilizar a pressão do olho. Quando obtido sucesso, o dano nas estruturas oculares do nervo óptico é evitado.
Normalmente, o glaucoma pode ser tratado com colírios especiais que controlam e/ou reduzem a pressão do olho ou procedimentos a laser, em casos específicos. Desta forma, não é necessário nenhum tipo de procedimento cirúrgico.
Em casos mais avançados, quando os colírios não têm “poder” suficiente para controlar o problema pode ser necessário tratamento cirúrgico para reduzir a pressão a níveis inferiores, considerados seguros para o paciente e a qualidade da sua visão.
De qualquer forma, a melhor maneira de escapar dos danos causados pelo glaucoma e não correr riscos de cegueira em um dos olhos é consultar regularmente o oftalmologista, pois com a avaliação de fundo do olho e medida da PIO podem ser suficientes para o diagnóstico precoce.
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