A Catarata é a perda da transparência ou turvação do cristalino, lente natural dos olhos, localizada atrás da íris (colorido do olho), que tem a função de propiciar foco na visão em diferentes distâncias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo.
Ela pode estar presente desde o nascimento (catarata congênita); pode acometer pessoas jovens (secundária a traumas, doenças e medicamentos). Por fim, em sua forma mais comum, decorrente do envelhecimento natural do cristalino, atinge pessoas em idade mais avançada. Por isso, é importante se atentar aos sintomas, como:
A catarata, como muitos conhecem, é mais prevalente em pacientes idosos, pois está associada ao processo de envelhecimento do cristalino. Entretanto, existem fatores de risco que devem ser evitados, pois podem provocar ou acelerar esse processo, são eles:
Considerando o aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo, a informação a respeito dos fatores de risco, como meio de prevenção da doença, se torna relevante em termos de saúde pública!
Catarata é tratável e reversível! A técnica cirúrgica atual representa um dos maiores avanços da Medicina, pois permite de forma segura e eficaz tratar a principal causa de cegueira no mundo!
Através de uma microincisão (2,2 mm a 2,75 mm) na córnea, realizamos a fratura e aspiração do cristalino opaco, utilizando um aparelho com ultrassom. Após a retirada da catarata, implantamos uma lente intraocular dobrável dentro do olho.
O paciente normalmente está acordado e consciente, porém não experimenta qualquer tipo de dor, isso porque é feito leve sedação (via oral ou intravenosa), além de gotas de colírio anestésico (anestesia tópica).
A anestesia geral, raramente utilizada, fica reservada apenas para aqueles casos em que a anestesia local seja inadequada: crianças, pacientes com demência ou ansiedade extrema.
A escolha da técnica anestésica irá depender, dentre outros fatores, da preferência do cirurgião e do paciente, circunstâncias cirúrgicas, custos e riscos.
A cirurgia é o único tratamento seguro e definitivo para a catarata, proporcionando ao paciente aumento da expectativa de vida! Não é necessário internação, dessa forma o paciente retorna para casa no mesmo dia!
De maneira indireta, a melhora da visão reflete em uma melhor qualidade de vida, pois permite uma maior autonomia, melhora do sono, diminuição do risco de depressão e de quedas.
Assim como os óculos, as lentes intraoculares (LIOs), que são colocadas dentro do olho, possuem “grau” para permitir o restabelecimento da visão do paciente e, em algumas situações até mesmo a independência dos óculos.
Todo paciente submetido à cirurgia de catarata necessita colocar uma LIO, pois a nossa lente natural, o cristalino, possui um “grau” de aproximadamente +22,0D (dioptrias)! Então, quando retiramos esse cristalino opaco (catarata), precisamos substituí-lo por uma LIO com aproximadamente esse valor.
Uma avaliação pré-operatória detalhada, nos permite oferecer diversas opções de LIOs disponíveis, e assim personalizarmos a cirurgia de acordo com as necessidades e expectativas do paciente!
– Lentes Asféricas: capaz de compensar, total ou parcialmente, a aberração esférica positiva da córnea (+0,27mm). Melhora a sensibilidade ao contraste em ambientes com pouca iluminação.
– Lentes Monofocais: corrigem apenas a miopia ou a hipermetropia, por possuírem somente um foco.
– Lentes Tóricas: permitem a correção do astigmatismo corneano. Possuem toricidade de +1,00D até +6,00 D. Atualmente, disponível em versões multifocais ou monofocais.
– Lentes Trifocais: lentes de alta tecnologia, que dividem a luz em pontos focais distintos separados na retina, permitindo correção da visão de longe, visão intermediária (para uso de smartphones e computadores) e visão de perto. Para algumas situações de leitura, ou tendo por base o grau de exigência do paciente, pode ser necessário ainda o uso de óculos, porém, em frequência bem menor.
– Lentes de Foco Estendido (EDOF): outra opção para pacientes com catarata e presbiopia. Possuem tecnologia para aumentar a profundidade de foco permitindo boa visão de longe e intermediária, com alguma visão de perto, além de menos efeitos de halos e glare.
Qual a melhor delas? Depende! É fundamental que seu Oftalmologista esteja em constante atualização a respeito dos avanços tecnológicos das LIOs e seja capacitado para realizar a cirurgia com segurança, afinal, com a saúde dos olhos não se brinca!
O período de recuperação do paciente após a cirurgia de catarata varia, sendo a melhora visual progressiva. Recomenda-se repouso relativo e alguns cuidados extras, tais como:
– Evitar o uso de maquiagem;
– Evitar coçar ou esfregar os olhos;
– Evitar praia, sauna e piscina por 30 dias;
– Usar corretamente os medicamentos prescritos pelo Médico;
– Dirigir somente quando se sentir confiante;
– Não fazer esforço, esporte de impacto ou movimentos bruscos por pelo menos 15 dias;
– Evitar dormir do lado do olho operado por pelo menos 7 dias.
Cada paciente possui suas particularidades, por isso é preciso analisar individualmente cada caso para saber quais os cuidados devemos tomar. Garantir esses cuidados é essencial para o melhor resultado cirúrgico!
A síndrome do olho seco é uma desordem multifatorial das lágrimas e da superfície ocular que afeta uma parcela significativa da população mundial, com taxas de prevalência que variam de 7% a 33%. Adultos acima dos 40 anos e mulheres são mais acometidos.
Normalmente, há uma conexão nervosa entre a córnea e superfície ocular com a glândula lacrimal, responsável pela produção das lágrimas. Os sintomas podem ser gerados pela diminuição do volume da lágrima ou pela perda da sua qualidade.
A instabilidade do filme lacrimal pode gerar desconforto e distúrbios visuais, tais como: visão borrada, sensação de corpo estranho, ardência, coceira, lacrimejamento, dificuldade com claridade e olho vermelho.
O paciente com olho seco pode ser submetido à cirurgia de catarata, no entanto, a severidade do dano pode contraindicar o implante de lentes intraoculares Premium.
Para todos os casos, o tratamento é mandatório antes da cirurgia. Este inclui:
-Educação do paciente;
-Medicações tópicas: lubrificantes, anti-inflamatórios (não hormonais, corticosteroides e ciclosporina A);
-Medicações orais: ômega 3, tetraciclinas e anti-inflamatórios.
Fique atento! O diagnóstico e tratamento correto variam de acordo com cada caso e possuem impacto positivo na qualidade de vida do paciente e no sucesso da cirurgia.
Para cuidar da sua saúde por completo e com uma visão individual sobre o seu caso, procure um oftalmologista de confiança para realizar seus exames periódicos. Fale com a gente pelo WhatsApp e agende sua consulta com rapidez e praticidade.
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